Como renovar móveis usados: dê um novo ar à sua casa sem gastar muito
Economia, preservação da natureza, fim do desperdício ou até mesmo pelo prazer de procurar materiais, testar ferramentas, serrar, lixar, pintar e criar. Os motivos para renovar móveis usados são muitos, não importa se os móveis já são seus ou se foram comprados em lojas e bazares especializados.
As peças a serem recicladas costumam ser atemporais, porque geralmente são feitas de materiais bons e duráveis ou então porque são bonitas e têm valor histórico.
Assim, em vez de comprar peças de decoração novas e caríssimas, que tal se divertir com as mudanças do que é velho, gastando pouco dinheiro? Veja como renovar móveis usados!
Aprenda como renovar móveis usados
Antes de botar a mão na massa, é preciso verificar o estado da peça. As madeiras devem estar livres de cupins e os materiais metálicos não devem ter ferrugem. Se houver problemas, veja se é possível consertá-los. Caso contrário, escolha outro móvel.
Em seguida, lembre-se de que, para renovar móvel usado, você deve combinar beleza e funcionalidade. “Tem que ficar bonito e útil para não encostar a mobília de novo!”, alerta Moreno, designer de interiores. Uma máquina de costura antiga, por exemplo, não é aconselhada pelo profissional, simplesmente por questões ergonômicas e de conforto que, precisam também ser levadas em consideração.
Da mesma forma, uma mesa de jantar branca pode não “caber” mais na sua sala, simplesmente porque os gostos mudam – nesse caso, uma placa preta ou de qualquer outra cor pode ser a solução. “Se há, por exemplo, um vidro transparente no centro da mesa, você troca por um recorte de vidro colorido”, ensina Moreno.
Mesmo com o custo do vidro, a economia com uma mesa nova será grande. Quem quiser dar uma nova cara à mesa, por exemplo, pode fazê-lo com lixa, tinta e pincel.
Moreno não gosta de fazer nem indicar enxertos para recuperação de peças de madeira deterioradas, seja por apodrecimento ou por conta de cupins. É o que acontece muitas vezes com tampos de mesa ou cadeiras. “O problema é que o material enxertado dilata e você percebe a diferença entre ele e a madeira original da mesa”, explica o designer.
Outra grande economia acontece com sofás. Os mais antigos geralmente têm estrutura de madeira e são bem duráveis, mas os estofados podem não estar mais em seus dias de glória. “Ao invés de pagar de R$ 10 mil a R$ 25 mil num sofá novo e bacana, de quatro lugares, você compra um tecido de R$ 4,00/m2, paga um bom artesão e usa o seu dinheiro para comprar itens de decoração que ainda não tem e gostaria muito”, aconselha.
“Há garimpos nos quais você encontra peças que talvez ache horrorosas, por valores baixos, a R$ 400”. Moreno indica as lojas ao longo do Minhocão (Elevado Costa e Silva), em São Paulo, na região de Santa Cecília. Ele comprou uma geladeira velha por R$ 280, pintou-a com spray preto brilhante e revestiu seus interiores de couro. “Serve como armário ou estante de livros. Além de reciclar a geladeira, você dá uma função inusitada ao objeto”.
Para fazer as vezes de mesas de centro ou de canto, ele sugere usar grandes carretéis de fio de cobre (usados na rede elétrica), que podem ser encontrados na rua. Um dos lados serve como tampo e o outro, como apoio. É possível serrar, na forma desejada, regular sua altura cortando a haste, lixar e pintar. “Para usar a laca, a superfície tem de estar muita lisa e nivelada. Para trabalho em casa, o melhor mesmo é usar tinta spray comum, aconselha o decorador.
Já abajures podem ser renovados com uma nova cúpula: “Há lojas de feltros coloridos, baratos e interessantes, além de tecidos que você costura com elásticos”. Moreno prefere não indicar seda em poltronas ou sofás, porque, além de brilhar muito, o acabamento não fica bom. Segundo ele, esse tecido é melhor para costurar almofadas ou cortinas.
A dica final é: use a criatividade! Renovar móveis usados vai bem além do decapê e da pátina, que dão cara “antiga” a eles. As peças podem muito bem ganhar cores e detalhes modernos e ficarem com cara de novinhas em folha. Por que não?