Quer saber quanto vai gastar na reforma de casa? Veja dicas para calcular os custos da obra e não ter surpresas

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Quer saber quanto vai gastar na reforma de casa? Veja dicas para calcular os custos da obra e não ter surpresas

Fazer uma reforma é tomar um grande passo em direção a uma casa nova. A tarefa não é simples, no entanto, e requer disposição e muita paciência. Mas, por mais que a ideia de ver o lar completamente renovado seja muito tentadora, muitos acabam se perdendo na hora de mensurar o real valor da obra. Para evitar surpresas desnecessárias, a arquiteta Amanda Florêncio deu algumas dicas para calcular a quantidade de material de construção e evitar desperdícios.

Cálculo vai de acordo com cada material

Se você estava esperando uma fórmula mágica, nós temos uma má notícia para você: ela não existe. Isso porque para material de construção será preciso fazer um cálculo diferente. Ainda assim, é possível seguir uma lógica simples de multiplicação, que é altura vezes a largura. Mas é preciso ficar atento a alguns detalhes, como possibilidade de parte de o material quebrar ou mesmo o quanto ele rende.

“Se eu quero saber, por exemplo, a quantidade de cerâmica que vou usar, eu vou pegar a área (já ela é vendida por m²) na qual aplicarei esse revestimento e colocar um percentual de perda (quebra, trinchos etc.). Geralmente se considera 10% dessa área para a perda, porém, sabe-se que ele varia de acordo com o tamanho e tipo da pedra”, explica Amanda Florêncio.

Mas é claro que nem sempre vamos trabalhar com um material que corre o risco de ao menos rachar, como é o caso da tinta. Neste caso, é importante ficar atento para as suas especificidades. “Se eu quiser saber quanto de tinta vou precisar pra pintar minha sala tenho que considerar todo o comprimento das paredes que serão pintadas e multiplicar pelo pé direito do ambiente, o que me resulta numa área de pintura X. Aí, vemos segundo o fabricante da tinta, qual o rendimento do material escolhido, o que vai determinar quantas latas de tinta iremos comprar”, diz a arquiteta.

Estocar não é desperdiçar

Um dos maiores terrores de quem está fazendo a obra é a possibilidade de a quantidade de material não ser suficiente ou mesmo que ele sobre em excesso. Antes de começar a reforma sempre leve em consideração que você irá perder uma parte do material, seja por quebra ou qualquer outra razão. Sobra de material também pode parecer um grande problema, mas quando bem calculado pode ser um fator de alívio no futuro.

“Para alguns revestimentos é sempre importante termos uma reserva do material como se fosse um estoque. Explico melhor: cerâmicas mudam de cor de acordo com a fornada e podem, também, sair de linha com o passar do tempo. Não compensaria trocar toda a cerâmica (ou porcelanato) da sua sala, caso uma pedra fosse danificada após alguns anos. Ou ainda trocar toda a cerâmica do banheiro porque foi necessário fazer um conserto na tubulação devido a um vazamento”, aponta Amanda Florêncio.

A arquiteta destaca que não há equação para determinar a perda ou desperdício, mas que ao colocar uma espécie de “margem de segurança” você terá a certeza que terá material necessário para terminar a sua obra e ainda guardar o suficiente para esses pequenos imprevistos. Eles podem aparecer até nos papéis de parede, que com o contato com o sol acabam podem mudar de cor ou mesmo rasgar. Portanto, lembre-se: estocar é se prevenir.

A obra ficou mais cara! E agora?

Algo que frequentemente ocorre em obras é um aumento do custo durante a sua execução, o que acaba se tornando um imprevisto bem delicado. Afinal, nem todos dispõem de dinheiro extra para pagar a diferença. Para Amanda Florêncio a palavra de ordem é planejamento, e esse não deve ser feito em função do mestre de obras.

É preciso ter um orçamento bem elaborado e com profissional qualificado, desde o levantamento de quantidades até a determinação do cronograma físico e financeiro para uma obra. O acompanhamento da execução dos serviços também é uma etapa fundamental. Qualquer desvio dessa programação tem que ser revista e tratada”, afirma a arquiteta.

Ainda assim, Amanda destaca que é possível “contornar” o aumento nos custos caso a situação saia um pouco do controle. Isso é feito com a substituição de materiais e através da reavaliação das técnicas adotadas na construção.

“É importante que seja feita uma análise para apontar quais são os itens críticos e o que de fato está causando maior dispêndio. Pode ser, simplesmente, porque não foi considerado no orçamento inicial que a alimentação dos funcionários de produção estaria por conta do proprietário da obra. E quando se fechou o contrato com esta equipe, na idéia de que estava ‘barato’, assumiu-se a alimentação, ilustrativamente. Aí, nesse caso, meu gasto mensal está sendo maior do que o previsto”, diz Amanda Florêncio.

A arquiteta finaliza explicando que antes de mais nada é preciso perceber o problema, fazer o seu diagnóstico para só então indicar quais as correções serão necessárias. Por isso, é importante acompanhar a obra de perto e sempre contar com um profissional qualificado para auxiliá-lo em todos os momentos.

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