Organização minimalista: como dar o primeiro passo para aderir a ela
Você sabe o que é organização minimalista? Considere que cada objeto novo na sua vida é uma coisa a mais para administrar, seja um eletrodoméstico para utilizar ou uma roupa para escolher. Considere também que tudo precisa de um espaço próprio para manter a casa arrumada – espaço esse que é quase sempre escasso, mesmo com o ambiente impecável e a ajuda de alguns acessórios como caixas organizadoras.
Ao contrário do que pensamos, a maior parte dos objetos que temos não facilita nossas vidas. Eles, na verdade, geram mais estresse. Essa é uma das razões pelas quais o minimalismo, um estilo de vida que preza pela manutenção apenas das posses materiais estritamente necessárias, cresce tanto.
A organização minimalista pode ser vista como extrema ou possível apenas para alguns, mas seus princípios podem ser aplicados por todo mundo e prometem deixar a casa mais agradável e organizada. Um dos seus ensinamentos principais é o processo inicial de “destralhar”, ou seja, se livrar dos objetos desnecessários – uma versão da famosa “faxina de fim de ano”.
Para te ajudar a fazer isso da forma mais tranquila possível, o Casa de Verdade conversou com a personal organizer Priscilla Caminha, que trouxe algumas dicas sobre como aplicar o conceito de organização minimalista na sua vida. Confira!
Tudo sobre organização minimalista
O poder do por quê
Antes, durante e depois: saber seus porquês para destralhar é necessário durante todo o processo. De acordo com Priscilla, “o processo de desapego é mais complicado para algumas pessoas do que para outras, por uma questão de envolvimento emocional”. Isso significa que nem todos se livrarão dos seus objetos desnecessários com facilidade e que ter em mente as razões pelas quais você está fazendo aquilo ajuda no processo.
Escreva, em um papel, por que você acredita que destralhar pode facilitar a sua vida e quais são as suas metas pessoais para cada cômodo ou área de sua vida. A partir daí, o processo de organização minimalista pode começar. Alguns gurus da organização, como Marie Kondo, defendem que o destralhar deve ser feito rapidamente em alguns dias ou, no máximo em uma semana, mas isso não é possível para todos.
“Comece pelas coisas mais óbvias, que você já considera descartar.” aconselha Priscilla. “É bom começar pelo cômodo ou pela categoria que parece mais fácil ou menor, porque você pode desanimar se começar pelo local mais difícil”, acrescenta a personal organizer.
Descarte, mas não o que te traz alegria
Um dos maiores medos das pessoas, na hora de destralhar, é o do arrependimento. E se o objeto que foi para doação ou para o lixo for útil no futuro? Embora essa mentalidade atrapalhe todo o processo, ela é compreensível: o apego emocional às coisas pode ser grande. Mas esse problema, felizmente, é fácil de resolver.
De acordo com Priscilla, algumas perguntas devem ser respondidas, como “Qual foi a última vez que usei esse item? Isso poderia ter maior utilidade para outra pessoa do que para mim neste momento? Se um dia eu precisar, poderei adquirir outro facilmente? Isto me traz felicidade? Eu amo? O espaço que este item ocupa poderia ser utilizado para outras coisas mais importantes?”.
O tempo da última utilização é um dos fatores mais decisivos. Mesmo itens sazonais (como roupas de frio ou enfeites de Natal) ou para emergências (como ferramentas), provavelmente, não são necessários se não foram tocados no último ano. A única exceção é para objetos “amados”, ou seja, aqueles com algum valor emocional – souvenires de viagens e alguns álbuns de foto, por exemplo.
Mas atenção: caso esses itens não sejam utilizados como decoração, evite deixá-los largados em algum lugar – o ideal é colocá-los em lugares facilmente acessíveis e frequentemente utilizados, como estantes ou gaveteiros.
Acredite: é mais difícil ter mais
Priscilla acredita que o minimalismo traz simplicidade, praticidade e auxilia muito no dia-a-dia. As tentações de comprar coisas novas e estragar o processo de destralhar, porém, são grandes. Nessa hora, é importante lembrar: ter mais é mais difícil e estressante, por isso só o essencial deveria ser comprado.
Para isso, Priscilla aconselha: “Quando você sabe o que tem e entendeu que aquilo que possui te atende perfeitamente, você começa a ter mais equilíbrio e controle sobre seus impulsos e só faz novas aquisições em situações de real necessidade”. Além do processo de destralhar, outra dica importante é ter a maior parte dos seus objetos em um lugar visível, como em nichos – dessa forma, você evita “esquecer” de algo e comprar duplicatas.
Leia mais: