Saiba quais são os tipos de lajes usadas na construção e descubra o melhor modelo para a sua casa
É possível que você já tenha escutado a expressão “bater uma laje”. Parte fundamental na construção, essa estrutura ajuda na sustentação de paredes ou menos cobrindo tetos, além de servir também de piso no caso das casas com mais de um andar. Depois de pronto, o espaço pode ter diferentes utilidades: de área de lazer, com churrasqueira, mesas e espreguiçadeiras, até abrigo para caixa d’água. Mas antes de começar a traçar planos, que tal entender qual o melhor modelo de acordo com a sua necessidade? O engenheiro civil Yan Rodrigues conta tudo o que você precisa saber sobre o assunto.
Qual o melhor modelo?
Primeiro é preciso entender que há dois tipos principais de lajes que são usados em uma construção: as maciças moldadas na obra e as pré-moldadas. Yan Rodrigues destaca que a primeira opção é muito indicada para pequenos empreendimentos, isso porque o custo inicial das lajes pré-moldadas é elevado, o que não se justifica em locais menores. “Uma de suas vantagens é o preço inicial reduzido. Além disso, elas pode ser desenvolvida de diversas formas, já que as fôrmas são montadas in loco. Isto é, são moldadas no próprio local da construção”, afirma. Ainda assim, lajes maciças apresentam uma desvantagem: “O controle de qualidade não é tão alto e, por isso, não podem sofrer grandes esforços até atingir a resistência exigida pelo projetista”, completa.
Então, temos as lajes pré-moldadas, que chegam prontas na obra e só precisam ser moldadas de acordo com o local de instalação. “Sua maior vantagem está no controle de qualidade, que é excelente, na homogeneidade das peças e na cura feita no tempo adequado. Ainda assim, tem custo inicial alto, além de ser necessário um outro local para a montagem e transporte das peças”, explica o engenheiro civil.
Vale destacar que as lajes pré-moldadas são divididas em categorias, sendo as mais comuns as alveolares, treliçadas com isopor, treliçadas com lajotas de cerâmica e de painéis treliçados.
Alveolares: normalmente utilizada em obras maiores, sendo evitada em residências. É composta por painéis grandes e pesados, que costumam ser instalados com guindastes.
Isopor: sua montagem é simples, ainda mais devido ao seu peso levo. São ótimas para quem pretende instalar canos ou utilizar fiação elétrica e/ou telefônica.
Lajota de cerâmica: embora seja a mais barata, muitas vezes acaba se quebrando tanto no transporte quanto na concretagem. Por isso, se for optar por esse tipo, lembre-se sempre de comprar algumas peças extras para evitar sofrer com a falta de material. Esse modelo costuma ser o mais utilizado em pequenas residências.
Painéis treliçados: feito com painéis de concreto que são posicionados um ao lado do outro durante a montagem. Isso faz com que muitas vezes não seja necessário fazer um acabamento, já que sua aparência costuma ser visualmente bonita.
Fique atento ao tempo de cura
Mesmo que você esteja ocupando uma área da sua casa que não era utilizada anteriormente, isso não significa que seja agradável morar em uma obra. Se você não tem tempo a perder, talvez seja melhor optar por uma laje pré-moldada, como aponta Yan Rodrigues. “O tempo de cura depende dos aditivos utilizados na composição do concreto, e existem aceleradores caso haja a necessidade de uma velocidade maior na obra. A diferença entre as duas curas, é que a laje in loco é realizada no próprio canteiro de obras, o que permite a cura úmida ou química. Já a pré-moldada chega à obra com a cura previamente realizada”, explica o engenheiro.
Fator climático não é determinante
Por fim, Yan Rodrigues destaca que, ao contrário do que ocorre com os pisos, não é preciso escolher um modelo ideal de acordo com o lugar que você vive. Isto é, não importa se você vive na frente da praia ou em uma cidade de serra, já que não há um tipo indicado para cidades quentes ou frias. “Como ambos os modelos são de concreto armado elas possuem as mesmas características térmicas”, finaliza.