Tipos de orquídeas: conheça os 15 principais
Elas são objetos de desejo de muita gente, de colecionadores a amadores, e conquistam os olhos e corações das pessoas pelo fato de darem flores vistosas, com formas e cores de cair o queixo. Quem nunca se impressionou com a beleza das orquídeas?
Provenientes das mais variadas regiões do planeta, como Ásia, Colômbia e Equador, são comuns também no Brasil, onde estão catalogadas mais de 190 gêneros de orquídeas e cerca de 3 mil espécies.
Entre os tipos de orquídeas, elas podem ser classificadas como epífitas, terrestres e rupícolas. As epífitas são a grande maioria e crescem nos troncos das árvores.
As terrestres se desenvolvem na terra. É o caso da Cymbidium ou da Paphiopedilum.
Já as rupícolas são as que nascem e crescem sobre rochas, em meio a líquens e folhagens decompostas nas fendas das pedras.
É importante conhecer essa característica nas orquídeas, porque quando cultivadas fora do seu habitat natural, você deverá tentar reproduzir as condições naturais. Orquídeas rupícolas, por exemplo, exigem menos água.
E então, vamos mergulhar nesse universo mágico e florido das orquídeas? Com a ajuda de Regina Breg, produtora de orquídeas do Sítio Kolibri, listamos 15 espécies de orquídeas mais populares no Brasil para você cultivar em casa, além de cinco espécies raras para quem quer se aventurar com plantas mais caras e exóticas.
Antes de continuar, inspire-se assistindo este vídeo tour do canal Leroy Merlin Brasil com os meninos do Folha Paisagismo passeando pela seção de jardinagem e mostrando as melhores plantas para aparamento, fertilizantes, adubos, vasos adequados e muito mais. Confira!
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Orquídeas mais comuns
Muitas espécies de orquídeas são populares no Brasil, fáceis de encontrar e bem tranquilas de cultivar. Selecionamos algumas delas a seguir.
1. Phalaenopsis
Celebridade entre as orquídeas em todo o mundo, a Phalaenopsis possui cerca de 60 espécies e tem beleza suficiente para reinar na decoração de qualquer ambiente da casa. Sua floração pode acontecer várias vezes por ano, podendo se manter florida por 3 meses.
Apresenta flores de tamanhos e cores variadas. Também chamada de Orquídea Borboleta, a espécie é fácil de cultivar, não exige tanta luminosidade e não gosta de substrato encharcado, sendo necessárias regas duas vezes por semana. Pode ser cultivada em vaso ou presa em árvores.
2. Denphal
Originária da Indonésia e das Filipinas, a Denphal não gosta de sol direto e prefere temperaturas entre 18 e 28 graus. Cultive-a em ambiente com boa incidência de luz natural e ventilação.
Regue-a duas vezes por semana, observando para não deixar as raízes encharcadas. Utilize o adubo NPK 20-20-20 uma vez por mês.
3. Dendrobium
Originária do sudeste asiático, é uma espécie fácil de cultivar e também uma das mais comuns. São em sua maioria epífitas, ou seja, que vivem nas árvores, podendo ser amarradas em troncos de superfície irregulares.
Também pode ser cultivada em vasos, com boa luminosidade. No inverno, só exigem rega se os pseudobulbos murcharem.
4. Oncidium (“chuva de ouro”)
Uma das espécies mais conhecidas no Brasil, a “chuva de ouro” é nativa da América Tropical. É perene, epífita e inclui muitas variedades de flores. Suas folhas podem atingir até 38 cm de altura.
Suas pequenas flores são amarelas e às vezes trazem manchas marrons na parte superior. Surgem na primavera-outono e atraem abelhas. Podem ser amarradas em árvores, mas também cultivadas em vasos, tanto em ambientes internos quanto externos.
5. Orquídea Vanda
Um dos gêneros mais comuns entre as orquídeas, as Vandáceas são originárias do Sudeste da Ásia e Austrália, e tiveram excelente adaptação ao cultivo no Brasil. Possui flores vistosas, perfumadas, duradouras e coloridas. Sua floração dura de 45 a 60 dias e suas raízes aéreas absorvem a umidade do ar.
São espécies são principalmente epífitas (crescem em árvores), mas às vezes litófitas (crescem sobre rochas) ou terrestres. Um lugar lindo, cujo vandário vale a pena visitar se você tiver oportunidade, é o Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG).
6. Cattleya labiata
Quer cultivar orquídeas e não sabe por onde começar? Certamente cultivar Cattleya labiata será uma boa escolha. Essa espécie gosta de bastante luz, temperaturas diurnas entre 25-30°C e noturnas entre 14-15°C, além de boa ventilação. Regue sempre que o substrato estiver seco, mas garanta a boa drenagem.
No nordeste, devido ao excesso de luz e calor, use telas para diminuir a luz e o calor do ambiente e manter a temperatura mais amena. É ideal que o substrato mantenha a umidade constante, o que pode ser obtido com carvão vegetal, chips de coco seco lavados, casca de pinus e brita.
7. Miltonia
Essas orquídeas epífitas ocorrem no nordeste do Brasil e na Argentina e gostam de clima quente e seco. Suas flores possuem um odor suave e exótico. Seus pseudobulbos são ovais e grandes, com 1 ou 2 folhas no topo. Sua floração pode chegar a 60 dias e ocorre entre a primavera e o outono, com flores de aproximadamente 11 cm.
8. Epidendrum
Bonita e fácil de cultivar, esse gênero possui morfologia e hábitos variados devido ao seu habitat, que pode estar tanto nas florestas úmidas dos Andes, nos cerrados secos brasileiros ou em meio às rochas e pântanos dos Estados Unidos. Há epidendruns epífitas, terrestres e rupícolas (sobre rochas), cujos tamanhos variam de dois centímetros de altura até dois metros.
Espécie entouceirada, se reproduz por divisão de touceira, mas nas hastes também nascem mudas, a partir das quais se podem fazer novas mudas. Pode ser plantada em substrato com uma mistura bem aerada, de madeira, carvão e fibra de coco, em vaso ou canteiros. Gosta de luz e sol pleno. Regue somente quando o substrato estiver seco.
9. Paphiopedilum (orquídea sapatinho)
Fácil de encontrar e de cultivar, o Paphiopedilum é uma espécie de orquídea terrestre originária da Ásia tropical. Com cerca de 96 espécies catalogadas, são apreciadas devido à forma da sua flor e pela duração da sua floração. Crescem rapidamente, gostam de sol brando e umidade média. O substrato ideal deve reter bem a água, como esfagno e fibra de coco.
10. Orquídea-bambu
O nome da orquídea-bambu remete ao seu caule em forma de cana, que cresce a uma altura de 70 cm a 2 metros. Possui as folhas finas, estreitas e compridas, lanceoladas, medindo de 9 a 19 cm de comprimento. Gosta de boa iluminação e sol pleno, mas solo úmido, e propaga-se por divisão de touceira. Floresce principalmente no verão e outono.
Suas flores têm tonalidade lilás rosada e um disco branco com um labelo púrpura, que são levemente perfumadas e costumam atrair abelhas. As brácteas são triangulares e envolvem o caule principal do ramo de flores. Originária da China, Malásia, Indonésia, Himalaia e Sri Lanka, hoje é bastante comum no Brasil, principalmente no litoral paranaense. O substrato ideal mistura terra, areia e húmus de minhoca.
Orquídeas mais raras
Pedimos para a Regina Breg, produtora de orquídeas, do Sítio Kolibri, listar pra gente alguns dos tipos de orquídeas mais raras. Confira!
11. Cattleya walkeriana ou “Feiticeira”
Orquídea brasileira desejada por colecionadores, tem coloração e forma excepcionais, que se caracteriza pela simetria e equilíbrio, podendo ser lilás, branca, azulada, semi alba (branca com labelo lilás), rosada, lilás com riscos púrpura, vinho, entre outras. Sem falar no seu perfume, que lembra a canela.
A Cattleya walkeriana pode ser cultivada em vasos de cerâmica baixos e furados, casca de árvore ou, ainda, em muros de pedra. Gosta de luz solar intensa, ambientes úmidos e ventilados, mas não tolera substrato encharcado. Misture casca de pinus, chips de coco e pedacinhos de carvão. Floresce no mês de maio, o que dá a ela a fama de flor das mães.
12. Cattleya schilleriana
A Cattleya schilleriana foi endêmica do Espírito Santo, em uma altitude de 400 até 800 metros, onde vivia sob boa luminosidade e ventilação. Praticamente extinta na natureza, a Cattleya schilleriana é desafiadora para ser cultivada em condições ideais. Requer substrato duro, como cascas de peroba, xaxim duro, galhos de árvore, entre outros, luminosidade e ventilação. As regas no final da tarde favorecem a retenção de umidade.
13. Fredclarkeara After Dark
Uma orquídea negra. Surpreenda-se! Espécie rara e perfumada, a Fredclarkeara After Dark é um híbrido formado a partir das espécies Clowesia, Mormodes e Catasetum. Produz flores simétricas de coloração negra intensa, durante até seis semanas. Um sonho de consumo.
Perde as folhas em um determinado período do ano, geralmente no inverno, ficando apenas com os pseudobulbos e rebrotando na primavera. Nesse período, não molhe-a. Em seguida vem a fase da brotação, na primavera, quando também não deve receber rega, para evitar fungos.
14. Paphiopedilum rothschildianum
Conhecida como orquídea Gold of Kinabalu ou orquídea sapatinho de Rothschild, possui folhas claras de grande porte. Floresce com até seis flores grandes. Suas pétalas se estendem quase na horizontal, dando à flor uma aparência bem peculiar. O período de floração é de abril a maio.
15. Dendrophylax lindenii
Também conhecida como orquídea fantasma, é originária do sudoeste da Flórida, Bahamas e Cuba, onde crescem em áreas bastante úmidas e abafadas. É uma espécie epífita que possui caule insignificante e folhas rudimentares. Suas flores grandes e vistosas têm cheiro de maçã.
Como cultivar orquídeas
Cuide bem das suas orquídeas e elas irão presentear você com flores delicadas e coloridas. Para acertar nos cuidados com as orquídeas, confira a seguir os principais cuidados para todos os tipos de orquídeas.
Rega
Essa regra vale para todas as plantas, assim como para os tipos de orquídeas: evite regar suas nas horas mais quentes do dia. No caso das orquídeas, as de folhas delgadas, sistema radicular pouco desenvolvido e pseudobulbos ausentes necessitam de regas diárias ou a cada dois dias.
As orquídeas com pseudobulbos grossos exigem regas duas vezes ou três vezes por semana. No inverno, evite regas frequentes.
Solo
Orquídeas gostam de boa drenagem e não toleram solos encharcados. Para garantir boa drenagem, coloque sempre argila expandida ou cacos de telha no fundo do vaso. Prepare um substrato terra preta, xaxim desfibrado e areia lavada em igual proporção.
Lembre-se: o substrato ideal para a maioria dos tipos de orquídeas é aquele que deixa suas raízes arejadas, como coco desfibrado, carvão, casca de pinus e pedaços de isopor.
Há ainda substratos prontos, como o Forth Substrato para Orquídeas, que proporciona a sustentação às plantas e é utilizado para substituir a terra por um período curto, pois são porosos e não retém umidade.
Poda
Podar orquídeas ajuda no desenvolvimento das suas plantas. Portanto, elimine as folhas murchas ou escurecidas; corte a haste floral quando estiver danificada ou amarelada; espere todas as flores morrerem para fazer essa poda de manutenção; corte as folhas e a haste prejudicadas o mais perto possível do pseudobulbo.
Mas se sua orquídea tiver nódulos na haste, corte a partir do terceiro nódulo, 2 cm acima. Não corte a haste se ela não estiver danificada. Por fim, passe canela em pó ou própolis nos locais onde a planta estiver “machucada” ou destruída, para evitar fungos.
Iluminação
Luz é fundamental para o desenvolvimento de todos os tipos de orquídeas, porém, proteja-as da incidência direta dos raios solares. Se você cultivá-las no jardim, providencie uma tela de sombreamento, que ajuda a controlar a luminosidade, mas também a temperatura e a umidade do ar.
Em apartamento, elas gostarão de ficar perto da janela, em sacadas, áreas de serviço ou banheiros bem iluminados.
Adubação
De crescimento lento, a orquídea pode ser adubada para se desenvolver. Você pode usar adubo químico ou orgânico. Durante a fase de crescimento adube semanalmente ou quinzenalmente com um NPK 30-10-10; 3 meses antes da floração use NPK 10-30-20; depois que surgirem as flores, suspenda a adubação até que a planta comece a brotar novamente.
Com a planta adulta, adube mensalmente a sua orquídea. Se surgirem pragas, como cochonilhas, pulgões ou manchas que deixem a planta amarela e feiosa, use fungicidas e outros remédios específicos.
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