Descubra como consertar lâmpada LED num passo a passo simples

De uns tempos para cá, a lâmpada de LED tem sido muito procurada por quem busca alternativas sustentáveis e econômicas para a iluminação dos cômodos da casa. Apesar de ser um pouco mais cara do que as outras, ela tem uma vida útil muito maior. Por isso, quando queimar com pouco tempo de uso, pode ter certeza que há como consertar lâmpada LED.

Pensando nisso, o Casa de Verdade conversou com Amanda Delatorre, engenheira elétrica e professora da plataforma Superprof, e ela explicou como fazer para consertar lâmpada LED em casa, com um passo a passo super simples. Confira!

Por que a lâmpada de LED para de funcionar

Quando as lâmpadas incandescentes ou fluorescentes param de funcionar, é fácil imaginar que isso acontece por conta de uma sobrecarga de energia, ou porque elas chegaram ao fim da vida útil mesmo, que costuma ser bem curto. Mas as lâmpadas de LED têm um funcionamento diferente e é exatamente por isso que o conserto delas é possível.

A especialista Amanda Delatorre explicou que “as lâmpadas de LED não possuem filamentos nem reatores, têm os LEDs dispostos em série e, quando param de funcionar, provavelmente um deles queimou. Com o circuito de funcionamento simples, é fácil consertar lâmpada LED”.

Como consertar lâmpada LED: materiais e passo a passo

Para consertar lâmpada LED que parou de funcionar, “você precisa apenas abri-la, remover o LED queimado e curto-circuitar os terminais de onde ele foi removido”, explica Amanda, que ainda detalha os materiais necessários para realizar o conserto: “uma bateria de 9V (ou duas pilhas ligadas em série), dois fios condutores, um ferro de solda, um alicate de bico (ou estilete) e estanho”.

Mesmo que seja simples, o processo de consertar lâmpada LED é bem detalhado e pode ser complicado para quem não tem o costume de fazer esse tipo de operação. Por isso, fique atento ao passo a passo ensinado pela engenheira:

1º passo: identifique o LED queimado

“O primeiro passo para o conserto é abrir a lâmpada cuidadosamente e identificar quais LEDs estão queimados. Um LED danificado pode apresentar uma cor escura, que indica que está queimado. Mas, se você não conseguir identificar pela coloração, pode fazer um teste utilizando uma bateria e dois fios condutores. Para isso, você vai ligar os fios condutores à bateria e testar cada LED individualmente, colocando os fios nas laterais de cada um deles. A intenção é verificar quais vão acender e quais não vão.”

É importante respeitar a polaridade do LED durante esse teste, pois o mesmo só conduz corrente do pólo positivo para o negativo”, explica. Ou seja, se você colocar os fios nas laterais do LED e ele não acender na primeira tentativa, você deve inverter o lado dos fios e testar novamente. Faça isso com todos os LEDs, até identificar um que não acenda de jeito nenhum.

2º passo: remova o LED queimado

“Após identificar qual LED está queimado, você deve removê-lo com um alicate (ou estilete)”, sugere Amanda. Essa parte é bem simples: basta utilizar a ferramenta para quebrar o LED queimado – delicadamente, para não danificar nenhuma outra parte da lâmpada – até que ele possa ser completamente retirado da estrutura.

3º passo: solde os terminais do LED queimado

“Com o ferro de solda e o estanho, basta soldar os terminais nos quais o LED estava alocado, colocando-os em curto-circuito. Ao fazer isso, o circuito volta a conduzir corrente por todos os LEDs restantes e a lâmpada volta a funcionar”, explica a especialista. Depois disso, você só precisará remontar a lâmpada e colocá-la novamente em uso.

Vida útil da lâmpada de LED depois do conserto

Quanto à vida útil da lâmpada de LED depois do conserto, Amanda garante que continua sendo longa. “A vida útil de uma lâmpada de LED é descrita com base na sua capacidade de emissão de luz: quando ela atinge aproximadamente 25 mil horas de funcionamento, passa a operar com 70% de sua luminosidade inicial e podemos, então, perceber uma diminuição no brilho emitido.

No entanto, depois do conserto, a tensão que alimenta a lâmpada é redistribuída igualmente entre os LEDs que restaram e eles passam a operar com uma tensão maior do que a projetada. Isso faz com que a durabilidade da lâmpada passe a ser inferior à especificada pelo fabricante, mas, mesmo assim, ainda é superior à dos outros tipos de lâmpadas”.