Co-living é o novo jeito de morar da geração millennial: entenda o que é o conceito
Se você está procurando por um novo lugar para morar e está tendo dificuldades em encontrar um cantinho bem localizado capaz de caber no seu orçamento, a solução perfeita pode ser investir em um co-living. Forma de viver e morar que vem ganhando espaço entre jovens adultos, o conceito busca unir um pouco o que as repúblicas e os hotéis têm de mais legal: a individualidade de quartos e banheiros privativos com a integração gerada pelas áreas comuns, como cozinha, sala de estar e varandas. Fora a chance de trocar sempre de casa e viver nesse esquema em qualquer parte do mundo. Para saber mais sobre o que é co-living e como esse novo formato de vida funciona, é só continuar lendo!
Um pouco da história e do significado do co-living
Apesar de atual, o conceito nasceu da ideia de co-housing, um projeto que começou a ser difundido ainda na década de 70, na Dinamarca. Na época, mais de 30 vizinhos fizeram uma espécie de integração entre suas casas para que fosse possível construir uma relação mais íntima entre as famílias. De lá pra cá, a iniciativa se transformou bastante, passando a propor a junção de pessoas em uma mesma casa, e não mais em uma rua inteira. A essência, sempre a mesma, consiste em manter um único espaço (seja casa ou apartamento) para um número diferente de pessoas, tendo cada indivíduo seu próprio quarto, mas sempre compartilhando uma mesma área de convivência.
Hoje em dia, existem até mesmo condomínios inteiros funcionando a base do co-living. São moradores de famílias distintas, de origens diferentes e que, muitas vezes, sequer se conhecem reunidos em um espaço único. Semelhantes às famosas repúblicas, mas com um clima mais adulto, essas habitações quase sempre são ocupadas por pessoas da geração millennial, ou seja, aqueles nascidos entre meados dos anos 1980 e 1990. Com maior capacidade de encarar novas ideias e de se adaptar, essas pessoas costumam ser mais preocupadas com o ambiente e com a praticidade do dia a dia, por isso preferem viver em grupo, rodeados por gente que pensa de forma parecida.
Economia na hora de pagar as contas
Bem mais barato do que alugar um apartamento inteiro, a opção do co-living permite que você pague menos por apenas um quarto / banheiro e continue podendo viver nos grandes centros urbanos. Além disso, a privacidade de um apartamento comum continua sendo a mesma, já que seu chuveiro será somente seu, exatamente como sua cama e seu guarda-roupas. Dessa forma, dá para preservar a parte boa da casa mais cara por um precinho bem mais acessível. Outra vantagem é o meio ambiente: uma única casa com dez pessoas gera bem menos lixo do que dez casas individuais, além de ser capaz de funcionar de modo mais prático e colaborativo, como veremos no tópico a seguir!
Divisão de tarefas para contribuir para economia colaborativa
Outra grande característica são as regras do co-living, que envolvem uma grande divisão de tarefas entre os moradores da casa. De forma organizada e com o objetivo de preservar o espaço, as áreas comuns são limpas e higienizadas por meio de um rodízio pré-estabelecido. Isso ajuda principalmente a evitar desperdícios e a preservar até mesmo o meio ambiente, porque dá para pensar em opções sustentáveis em conjunto. Ao mesmo tempo, hábitos diários coletivos servem como forma de aprofundar vínculos, como na hora de cozinhar e até jantar, por exemplo. Se ‘é impossível ser feliz sozinho’ e os alugueis estão mais caros do que nunca, por que não dar uma chance a essa ideia nova?
Ultrapassando fronteiras com o conceito
Nem sempre o morar em grupo precisa ser algo acordado entre você e pessoas conhecidas numa mesma cidade. Essa ideia também vale para quem sonha em viver uma vida nômade. Já existem diferentes empresas de co-living ao redor do mundo, especializadas nesse novo modo de morar e que oferecem um serviço semelhante ao de um hostel. Nesses casos, a dinâmica pode ultrapassar países: você mora determinado tempo em uma unidade específica, pagando o aluguel normalmente e pode se mudar para outro apartamento da mesma empresa, em qualquer país do globo em que a marca esteja presente. Sonho, né?