Forro de gesso: como rebaixar o teto com dicas de profissional
Já pensou em transformar o teto da sua casa em uma peça decorativa? Estamos acostumados a encará-lo apenas como uma superfície de cobertura, mas o forro de gesso surgiu no cenário para transformar totalmente o ambiente, de cima para baixo.
O forro de gesso permite criar jogos de luzes, efeitos, texturas ou pinturas, ajuda a disfarçar lajes mal acabadas, tubulações, fiação elétrica e faz isolamento térmico e acústico. Tudo o que uma casa precisa, né? A boa notícia é que você mesmo pode começar o rebaixamento na sua casa.
Para te ajudar a sanar boa parte das dúvidas que vão surgir pelo caminho, conversamos com o especialista em gesso Cláudio Pereira, que está no ramo há 30 anos. Confira!
Forro de gesso acartonado ou de plaquinha
A primeira decisão que você precisa tomar é sobre qual modelo de gesso usar: o convencional, conhecido como “gesso de plaquinha”, ou o acartonado, que é um material revestido em papel cartão. Existem algumas especificações que você precisa se atentar na hora de escolher o seu forro de gesso.
Cláudio Pereira explica que o gesso comum é o ideal quando se trata de um ambiente em que pode haver contato com a água, como tetos por onde passam tubulações. “Se tiver um vazamento, o seu teto for de acartonado e molhar, você perde todo o forro. Já com o gesso de plaquinha, você consegue salvar. Basta abrir, consertar o encanamento e pronto”, explica.
O modelo acartonado, por outro lado, também tem suas vantagens. Se você quer otimizar o tempo e preza por uma obra mais limpa, essa é a melhor opção. “Às vezes, você precisa fazer o rebaixamento em um escritório cheio de computadores, por exemplo, para esconder o cabeamento. Nesse caso, use gesso acartonado, porque não faz muita bagunça nem estraga os computadores. É um serviço mais limpo”, analisa Cláudio.
O especialista ainda conta que o tamanho do ambiente não influencia na escolha do material. Com os gessos escolhidos, é hora de partir para a colocação!
Antes de colocar as placas, faça as marcações corretas
Como em qualquer reforma, é importante que você determine todas as medidas antes de dar os primeiros passos com as placas de gesso. Marque em qual altura o revestimento deve ficar em relação à laje, onde os pinos e parafusos serão colocados e a distância entre uma placa e outra.
O gesso convencional é formado por placas quadradas, de 60 cm x 60 cm. Na preparação para o acartonado, verifique as medidas de onde serão instalados os perfis metálicos que farão o suporte do rebaixamento.
Hora da fixação
Para a fixação do gesso convencional, primeiramente, você precisa dar um disparo em cada placa, com uma pistola própria de gesso, para fixar os pinos na laje. Com o pino pronto, passe o arame por ele e fixe na placa, de modo que fique pendurada. “É bom revestir o arame com cizal misturado com gesso, para garantir uma estruturação melhor”, aconselha Cláudio.
A pistola e os pinos também serão usados para o gesso acartonado, mas, nesse caso, eles servirão para prender as fibras metálicas por onde as placas serão posicionadas. Com a estrutura de metal preparada, a placa é colocada por baixo, com o auxílio de uma parafusadeira. “Na hora da colocação, é importante usar uma borracha de nível ou nível a laser, para deixar todas as placas niveladas”, orienta o especialista.
Finalização e decoração
Com todas as placas posicionadas, use o rejunte com massa própria para gesso para revestir os parafusos e fazer o acabamento entre o rebaixamento e a parede. Após esse passo final, seu forro de gesso já estará pronto para ser decorado da maneira que você preferir. Cláudio explica que a tendência dos trabalhos mais clássicos em forro de gesso está voltando. “Temos feito muito boiserie e sanca, tanto em comércio quanto em residências”, comenta.
Com todas essas dicas, você já pode começar o seu projeto em casa tranquilamente. Mãos à obra!