Plantas de sombra e meia-sombra nativas do Brasil, as samambaias andavam um pouco “caídas” nos últimos tempos. Mas deram a volta por cima e agora aparecem repaginadas em vasos, jardins, varandas ou quadros-verdes, em interiores ou ambientes externos. A paisagista Gigi Botelho, que esteve na Casa Cor 2008 com proposta exuberante contendo samambaias e outras espécies de sombra e meia-sombra brasileiras, acredita que o apelo delas está em sua praticidade: dão menos trabalho e menos despesas ao cliente. Veja como aproveitar o melhor dessas plantas. “Quem tiver samambaia em casa, pode tentar reproduzir o ambiente natural dela – encostas, ou sempre sobre alguma árvore”.
Ela fica embaixo de copas, protegida por outras vegetações, e seu grande vilão é, sem dúvida, o vento. Corredores com corrente de ar ou varandas muito abertas devem ser evitadas. No geral, as samambaias vão bem em ambiente doméstico, porque são resistentes ao ataque de pragas. O substrato, por sua vez, tem de estar sempre úmido, mas não encharcado. A boa drenagem é vital para elas. “Como nas outras plantas, a rega da samambaia está vinculada ao sol, ao vento e à umidade relativa do ar”, diz Gigi Botelho. “O segredo é ter bom senso e ficar de olho no tempo, para saber quando a plantamais precisa de água.” A paisagista indica ainda bromélias e orquídeas para arranjos em lugares fechados, como escritórios e recepções, ou ráfis (planta de grande porte, pode ter mais de 1,5 m de altura) para vasos grandes, em lugares abertos ou ambientes com ar-condicionado. “É um coringão”, aponta Gigi.
Deixe para os vasos menores as samambaias, as rendas portuguesas e as avencas, que dão mais trabalho por necessitarem de rega freqüente. Ao mesmo tempo, cuidado: elas não sobrevivem ao ar-condicionado. Para quem preferir, os quadros-verdes, que ficam nas paredes, são estruturas de vários vasos menores, como emoldurados, que recebem diversas plantas e combinam muito bem com plantas de sombra e meia-sombra.
Créditos: Gigi Botelho – Tel. (11) 3892-2488